Mais de 220 cassações marcam cenário em MT
Em ano de eleição nunca houve tantas cassações como as 227 pela Justiça Eleitoral, de “infiéis” e prefeitos eleitos. Isso sem contar o número de registros de candidatura negados e vereadores eleitos cassados. Perderam os mandatos 216 parlamentares que trocaram de partido e onze prefeitos eleitos tiveram os registros cassados, em grande parte por compra de votos.
Por infidelidade foram cassados vereadores de todo o Estado, além do único deputado estadual em todo o Brasil. Walter Rabello (PP) teve a perda de mandato decretada por ter migrado do PMDB para o PP depois de 27 de março de 2007, data estipulada para a fidelidade partidária pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Entre os vereadores cassados está o de Cuiabá, Deucimar Silva (PP). Que apesar de ter perdido o mandato, conseguiu reaver a vaga nessas eleições e agora disputa a eleição interna da Câmara Municipal de Cuiabá para a presidência da Mesa Diretora, com a também reeleita Lueci Ramos (PSDB).
Já os prefeitos eleitos cassados foram de Cáceres, Ricardo Henry (PP); General Carneiro, Juracy Rezende da Cunha (PT); Poxoréu, Ronan Figueiredo Rocha (PMDB); Santo Antônio de Leverger, Faustino Dias Neto (DEM); Paranatinga, Vilson Pires (PRP); Sinop, Juarez Costa (PMDB); Cláudia, Vilmar Giachini (PMDB); Ribeirão Cascalheira, Francisco de Assis de Oliveira (PT); Novo Horizonte do Norte, Agenor Evangelista da Silva (DEM); Nova Olímpia, Francisco Soares de Medeiros (PT); e Araguainha, Antônio Pereira de Oliveira (PMDB).
Em Paranatinga, o atual prefei to, que disputou a reeleição, Francisco Carlos Carlinhos do Nascimento (PMDB), também teve o registro cassado. A eleição no município está sob suspeição e aguarda decisão do TSE, enquanto isso, todos os votos estão sendo considerados nulos.
Apesar das cassações, só os eleitos de Cáceres e General Carneiro não conseguiram garantir a posse. Todos os outros entraram com liminares e foram diplomados por força de recursos judiciais, conseqüentemente, serão empossados enquanto os processos tramitam na justiça.
Nos dois municípios, em que Henry e Cunha não conseguiram ganhar os recursos para manter os registros, quem vai ocupar o cargo de prefeito serão os segundos colocados, Túlio Fontes (DEM) e Magali Vilela (PP), respectivamente. Henry foi cassado por contratação irregular de funcionários públicos e uso indevido de meios de comunicação, além de ainda responder por compra de votos. Cunha teve o registro cassado por ter tido irregularidades detectadas em sua prestação de contas, como captação ilícita de recursos, o que pode configurar como “caixa dois”.
Fonte o independente
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