quinta-feira, 12 de março de 2009

AS QUENTES

Estudante mostra como o prefeito Wilson Santos e os donos das empresas de ônibus tratam obres e os filhos dos pobres. Para conseguir o passe livre, povo é exposto a uma humilhação cotidiana na sede da MTU

A Página do E publica, abaixo, o testemunho de Jales Hornik, acadêmico de Economia da UFMT, sobre as novas condições degradantes ofertadas pela MTU/Prefeitura aos estudantes que buscam o recadastramento do seu cartão transporte para ter direito ao passe livre, em Cuiabá. É um retrato chocante dos maus tratos a que a Prefeitura de Cuiabá, sob o governo de Wilson Santos, e os patrões donos das empresas de ônibus impõe ao povo de Cuiabá. Confiram
ESTUDANTE DENUNCIA: MTU ATENDE NO SUBSOLO DE UMA GARAGEM. ILUMINAÇÃO É PRECÁRIA, TEM POUCA VENTILAÇÃO,
SÓ UM BEBEDOURO (COM ÁGUA QUENTE)
E BANHEIROS IMUNDOS!!!!!!!!
TEM MAIS: MTU PROÍBE MÍDIA DE BATER FOTOS DO LOCALPor Jales Hornik (foto)
Dede sua implantação, todo ano o passe-livre estudantil sofre ataques, vindos dos empresários do setor de transporte urbano e do prefeito Wilson Santos. São tentativas de restrição de horário, de linhas e até mesmo de acabar com o beneficio. Isso é bem visível quando percebemos o esforço da MTU em dificultar ao máximo o recadastramento dos estudantes no inicio do ano.
Entretanto, em 2009 a falta de caráter dos empresários e a sua ira contra os estudantes que utilizam o passe-livre, sinceramente, me surpreenderam.
Quando cheguei à MTU para trocar meu cartão estudantil antigo pelo novo, custei a acreditar que, naquele calor de quase 40 graus, a associação dos empresários seria capaz de colocar, aproximadamente, 200 pessoas em uma garagem no subsolo para realizar o recadastramento e trocar seu cartão.
O local é mal iluminado, com pouca ventilação (quase sem janelas e com apenas três ventiladores). Tem apenas um único bebedouro – com água quente –, e dois banheiros imundos.
Sem contar que eu cheguei à MTU às 11h e só pude entrar na fila às 12h, daí saí de lá, sem conseguir trocar meu cartão, só às 16:00h!
Enquanto eu aguardava o atendimento naquela situação, a imagem que não saia da minha cabeça era a do filme “Estação Carandiru”.
Um lugar lotado, sujo, quente e pronto pra explodir, pois eu não era o único que estava muito irritado com a situação. Comecei, então, a entrar em contato com a imprensa, que mais tarde veio ao local. SÓ QUE O FOTÓGRAFO FOI IMPEDIDO DE ENTRAR E REGISTRAR IMAGENS.
Pra mim, não é novidade saber que a aliança entre o prefeito Wilson Santos e os empresários sempre serviu para promover lucro máximo para os primeiros, mas isto me surpreendeu por se tratar de uma verdadeira política anti-povo.
Eu me sinto humilhado com essa situação, e revoltado em saber que os empresários do transporte público, além de lucrar horrores, estejam dispostos a humilhar a população deste jeito para tentar impedir o acesso ao passe-livre e para que tenham uma passagem superfaturada de R$2,05.

Antero recebe mensalão tucano de SerraPor Enock Cavalcanti

Meus amigos, meus inimigos: quantas vezes já não se ouviu dizer que uma coisa que é legal também pode ser imoral? O poderoso diretor-geral do Senado, Agaciel Maciel, renunciou esta semana quando descobriu-se que ele, em sua declaração de renda, havia omitido nada mais nada menos do que uma mansão que vale a bagatela de R$ 5 milhões de reais. A mansão foi declarada em outro nome, está tudo aparentemente legalzinho - mas a imoralidade de tal propriedade ficou patente. Tivemos há pouco a imoralidade do castelo daquele deputado do DEM. A imoralidade do duplo salário que Pagot recebia, no Senado e na Amaggi. A imoralidade dos incentivos fiscais pagos a Mauro Mendes. A imoralidade do contrato da coleta de lixo, renovada por Wilson Santos. Etc, etc. Acho que o mesmo pode-se dizer dos R$ 3.800 que descobriu-se, recentemente, o ex-senador Antero Paes de Barros, aqui de Mato Grosso, recebe para atuar uma vez por mês no conselho de administração da Sabesp, a poderosa companhia de água e esgoto lá do Estado de S. Paulo. Eremildo, o Idiota, aquele personagem das crônicas do Élio Gaspari, certamente iria fazer a saudação: "Que ótimo! O Antero, depois que perdeu o emprego no Senado, onde ele ganhava para soltar gritinhos ensaiados contra o governo Lula, agora arrumou um emprego em S. Paulo, vai se mudar pra lá com a família, vai recomeçar a sua vida, longe do juiz Julier Sebastião da Silva que o vivia perseguindo." Só que não é nada disso. Antero não mudou para S. Paulo coisíssima nenhuma! Continua, gordo e pançudo, vivendo em Cuiabá, onde acumula as funções de marqueteiro, blogueiro, dirigente do PSDB, empresário de comunicação, etc, etc, etc, atendendo à Prefeitura do Wilson Santos, ao Tribunal de Contas comandado pelo tucano Antonio Joaquim, fazendo marketing para o deputado Riva e ganhando pompa e circunstância como homem cada vez mais próspero. Quer dizer, vive há quase 2 mil quilômetros de S. Paulo, não sabe nada de saneamento, entende bulhufas de abastecimento de água, mas ele, que tanto fez palanque atacando o mensalão do Zé Dirceu, acabou ganhando este mensalão do José Serra, às custas do sofrido e enganado povo paulista. Olha que R$ 3.800 é uma puta grana, um salário que poucos brasileiros recebem, ainda mais nestes tempos de crise capitalista, com emprego virando pó por todos os lados. E Serra paga outros 12 mil para outro mensaleiro chique, o ex-deputado comunista Roberto Freire. Uma farra com o dinheiro público.
Razão tem o diretor executivo da ONG Transparência Brasil, Cláudio Weber Abramo que, falando à repórter Juliana Micaela, do Portal Terra, disse que a colocação de ex-políticos como o nosso boquirroto Antero em "boquinhas" como esta pelo governador José Serra é um dos absurdos da política brasileira. "O que esses políticos fazem nesses conselhos, quais são suas intervenções e resultaram no quê?", questionou. Abramo acrescentou que a Sabesp é uma das maiores companhias de saneamento do mundo e que pertence à população de São Paulo e não deveria ser usada por José Serra para acomodar políticos em fim de carreira. "Isso é um mecanismo de captura dos interesses públicos pelos interesses privados e políticos que se multiplica por todo País na esfera municipal, estadual e federal. Não é peculiar apenas da Sabesp. E serve apenas aos interesses deles e não da população", falou.
Ah, sim. Na hora de justificar o seu mensalão, Antero, em seu blog, com indignação bem ensaiada, disse que o estão atacando porque assumiu este emprego na Sabesp, no qual a sua única obrigação é ir a uma reunião mensal na paulicéia, mas que os seus críticos se esquecem que ícones do atual poder petista, como a ministra Dilma Roussef e o ministro Guido Mantega, também gozam de benefício semelhante, faturando como integrantes do conselho de administração da Petrobrás, que tem sede no Rio, apesar de residirem em Brasília. Como se os maus hábitos dos petistas, que Antero diz tanto combater, justificasse os maus hábitos desse e de outros tucanos! Ficou evidente que, diante da denúncia que pipocou no saite do Zé Dirceu, Antero ficou baratinado - mas não teve o mesmo pudor que teve o diretor do Senado aquele que pediu seu boné assim que foi pego de calças nas mãos. Ao que se saiba, até agora, Antero não abriu mão do mensalão do José Serra.

* ENOCK CAVALCANTI, jornalista e advogado em Cuiabá, é titular do blog

Walter Rabello confirma amizade com Uemura e rebate críticas de Clóvis Roberto, no "Cadeia Neles"

O apresentador de televisão Walter Rabello confirmou nesta sexta-feira, durante o Programa “Walter Rabello”, na RedeTV, que mantém amizade com o empresário Júlio Uemura, preso sob acusação de estelionato, sonegação de impostos e extorsão. Disse que é amigo do empresário e admitiu que recebeu ajuda de Uemura “para ajudar as pessoas” através do seus programas populares. Rabello foi taxativo: “Continuo sendo “parceiro” e amigo de Júlio”. Por quase 40 minutos, o ex-deputado se defendeu das acusações de tráfico de influência em favor de Uemura e demonstrou mágoa com a forma que foi tratado pelo jornalista Clóvis Roberto, apresentador do programa “Cadeia Neles”, da TV Record, de quem se disse colega, e também de segmentos da imprensa. Numa linguagem rebuscada, endereçada aos seus eleitores – “porque é a você telespectador a quem devo explicações”, ele disse – Rabello insistiu em dizer que vai continuar sua amizade com o empresário preso pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado. “Com tudo sendo esclarecido, continuo sendo amigo de Júlio Uemura” – frisou, lembrando o passado de 40 anos de atividades do empresário no ramo de hortifrutigranjeiros. “Quando cheguei aqui, Júlio já era um empresário de sucesso e respeitado” – comentou. Rabello destacou o trabalho do Gaeco e também enalteceu o que chamou de lisura com a preocupação do órgão do Ministério Público Estadual em emitir uma nota negando que teria pedido sua prisão também – ao contrário do que chegou a ser divulgado por alguns segmentos jornalísticos. Durante o programa, o apresentador criticou o “colega” Clóvis Roberto, que, na quinta-feira, fez diversas ponderações sobre o envolvimento do ex-deputado com Uemura. Ele desafiou Roberto a provar que tenha algum dia recebido dinheiro do crime organizado. Provocante, Rabello disse que não gostaria de falar sobre Clóvis Roberto em seu programa: “É uma pessoa que não acrescenta nada” – disse, ao sugerir que o apresentador concorrente deveria ter “sensatez” no trato do caso. Sobretudo da questão da doação de salário: “Fazia isso porque tinha um bom salário com apresentador no SBT” – explicou. Walter enumerou ainda vários empresários que, segundo ele, “me ajudam a ajudar as pessoas”. Contudo, garantiu que nunca usou dos cargos eletivos que ocupou para favorecer os negócios dos que o ajudaram com seu programa.
Fonte 24 Horas News - Por Edilson Almeira

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